A maluca que roubou minha paz

Bem, pessoal. Não me sinto à vontade em relatar experiências amorosas pessoais sem parecer egocêntrico. Mal consigo desenvolver esta temática sem parecer que estou atuando como o Don Juan. Esse meio de transmissão, embora ultrapassado, feio e desprovido de admiração, tornou-se substancial para fins de análise.

Há aproximadamente três anos, conheci uma mulher que me conquistou por sua naturalidade e simplicidade. Cheguei nela em uma penúltima festa paga à qual compareci. Partimos daquele local e, naquele instante, estava disponível para que todos saíssem e retornassem quando desejassem.

Atravessamos a rua, em seguida a ponte e ficamos na avenida, onde me apoiei em um muro com baixa estatura. Ela acariciava gentilmente o lado direito do meu rosto no mesmo momento em que sua mão esquerda ficou encostada em meu peito esquerdo.

Após os beijos, aquela maluca encerrava com um beijinho e permanecia deitada por cima de meu peito. Escrevendo sobre esta ocasião, ainda sou capaz de sentir a parte superior de seus cabelos encostados em minha garganta.

Em outros tempos, a vi novamente. Ela continuava com o mesmo olhar. Teoricamente, essa flor-de-lis tem vínculos com pessoas influentes; é desejada e, apesar disso, continua a mesma. Isso é um mistério para mim. A mulher da template desta publicação dispõe de uma essência similar à dela.

Esse ser humano desejou um cara que não tem nada a oferecer materialmente. Admito que esta ocorrência deixou-me ainda mais estimulado a entender racionalmente esse mecanismo feminino que tem conduzido muitos homens à decadência. É, depois dessa, me deu vontade de modificar o título deste tópico para “50 tons de flecha.”

Memória genética

A mulher com quem tive uma experiência amorosa interessante, sabe que este homem não tem muito a proporcionar, em termos materiais. Nesta ocasião, já havia desempenhado pesquisas sobre um conceito da psicologia denominado memória genética. Uma equipe de cientistas fez exames sanguíneos e avaliações psicológicas em sobreviventes de um desastre que ocorreu em outros tempos.

Todos aqueles seres humanos exteriorizaram traços traumáticos fortes. Os pesquisadores examinaram igualmente os filhos e netos deles e delas, constatando que esses descendentes evidenciavam pavores inexplicáveis vinculados a objetos e localidades exclusivas. Logo após conjugarem todos esses indicadores, chegaram à conclusão de que todos herdaram alguns traumas de seus antepassados. Irmãos, acho que essa pesquisa ocorreu em 2010 e o desastre foi há muito tempo.

Enxergando o que as imagens não revelam e,
percebendo o que os sons não traduzem

Dedicamos uma parte significativa de nossas existências em ambiente escolar. Sinceramente, algumas professoras que me deram aula no ensino médio e fundamental, eram terríveis. Discutiam feio com seus alunos; não abriam as portas do coração para escutar suas incertezas, muitas vezes, indiretamente, fazendo-os sentir-se culpados por não entenderem os conteúdos propagados. Com efeito, numerosos estudantes estabeleceram que nunca ingressariam em uma universidade, devido às más experiências vivenciadas nesse meio.

Similarmente, dizem que peritos da área da saúde expressam má vontade na hora de acolher pessoas que carecem de assistência. É interessante mencionar que hospitais são lugares voltados para quem está enfermo; ninguém verdadeiramente quer estar ali. Uma vez, um colega contou que sua filha de seis anos encontrava-se em um estágio de fraqueza intensa; mas, não portava a pulseira amarela.

Já fiz muita pirraça quando criança para convencer meus pais a comprarem algo para comer em festas; ir em brinquedos, etc. Por volta dos oito anos, comecei a constatar que, ao solicitar algo que me interessava, eles exteriorizavam uma expressão de incerteza, é como se questionassem: “Será que o dinheiro vai dar?”.

Os nossos descendentes merecem uma qualidade de vida superior àquela que experienciamos. Pais não são eternos; portanto, levo em conta que homens que dispõem de boas características devam ser escolhidos por mulheres legais para constituir uma família. Os seus sucessores receberão as memórias genéticas de um e de outro. Esses garotos terão maiores chances de alcançar êxito no mundo, justamente por portarem uma generosa herança hereditária, mesmo que seus antecessores não estejam mais neste plano terrestre.